sexta-feira, 15 de julho de 2011

A arte de contemplação do bello está morrendo.

   Vivemos em uma sociedade ansiosa e consumista. As crianças e os adolescentes raramente desfrutam por muito tempo de seus brinquedos, roupas e objectos. As experiências deles são rápidas e fugazes. Não é a qualidade do que consomem que produz o prazer, mas, a quantidade, o "fast food" emocional. Tudo é pronto. Não exige contemplação, desafio, descoberta.
   Poucos psiquiatras percebem, mas as sociedades modernas cometem uma das atrocidades contra os jovens. Editaram a vida rapidamente. Destruíram a arte da contemplação do belo.A consequência? Drogas, violência,  depressão, suicídio, ansiedade. E o retorno não é fácil, pois, contemplar o belo é uma conquista, um treinamento contínuo da sensibilidade.
   Muitos pensam que contemplam o belo, mas, na realidade apenas admiram o belo em alguns momentos. Essa arte é mais do que admiração superficial, é um bálsamo para o prazer de viver.
   Quem despreza a lei da psicologia, mesmo sendo um exímio psiquiatra ou psicóloga, não terá qualidade de vida, não verá dias felizes. Terá uma emoção instável, insastifeita, flutuante, irritadiça.


                                                                                  Augusto Cury

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